segunda-feira, 17 de junho de 2013

Uma Pátria que Desperta

por Laura Guimarães


UFA! A sensação de alívio que tenho experimentado nos últimos dias não poderia ser melhor. Cheguei, tristemente, a crer que haviam se extinguido os tempos das multidões que vão à luta e das gerações que protagonizam os livros de história, que orgulham e invejam seus descendentes.

Claro, ainda é cedo para profetizar sobre qualquer mudança expressiva, mas, otimista que sou me permito acreditar que, finalmente, os jovens compatriotas pararam de reclamar sobre o preço do tomate no Facebook e de se lamentar pelo estado piedoso e há muito conhecido do nosso país para, de fato, tomarem uma atitude palpável.

Acordaram. Tomaram as ruas. Partindo de São Paulo, seguindo para as demais capitais e agora se alastrando para o interior, uma forte onda de protestos (e realismo) tomou conta dessa terra, que sabemos agora, só parece ser, mas não é de ninguém.  Seus donos cresceram e a reivindicam em bom estado.

Por mais variados que sejam os motivos e estopins para tal todos eles são dignos, e, sinceramente, pouco importam nesse primeiro plano. O fato dos brasileiros se mobilizarem a favor de um bem comum já é inusitado e merece aplausos. É a primeira vez, nos meus, admito, poucos anos de vida que me sinto orgulhosa do meu país e do meu povo.

Que esta seja a fagulha necessária para despertar o senso crítico dessa nova gênese, que só agora mostrou a que veio.  A primeira de muitas lutas que precisarão ser compradas, de modo que limpemos nosso Estado atual de toda essa falta de lei e respeito.  A primeira batalha de uma guerra que tem como maior objetivo conquistar o país melhor que temos a capacidade de construir e o direito de viver.



Cada brasileiro deve sentir-se parte dessa enorme causa, porque, de fato, o é. E mais que sentir, precisa também ir à luta, sair às ruas e fazer a mudança a acontecer.  O momento dos falsos moralismos e do pudor abole-se. Palavras pouco significam se carecem atitudes.  Esse é só o primeiro raiar da revolução! É tempo de agir. Antes tarde do que nunca. 

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